terça-feira, 9 de novembro de 2010

AIDS: falta diálogo entre médico e paciente



 
           Um estudo envolvendo duas mil pessoas com vírus HIV no mundo, afirma que o tratamento dos pacientes é prejudicado devido a falta de diálogo dos médicos com os portadores. Os entrevistados fizeram reclamações sobre os efeitos colaterais dos medicamentos, ao impacto negativo que eles causam em suas vidas e a falta de discussão com os médicos sobre assuntos relacionados ao bem-estar, como por exemplo, novas formas de tratamento.
           Associação Internacional de Médicos no Atendimento à Aids (Iapac, na sigla em inglês), realizou a Pesquisa sobre Tratamentos de Longo Prazo de Aids em Âmbito Global 2010,  e mostrou  que os médicos  não atendem  a doenças crônicas e efeitos colaterais dos medicamentos durante as consultas.
          Os dados afirmam que 51% dos entrevistados disseram nunca ter tido esse tipo de conversa com seus médicos, sendo que 64% deles relataram sofrer de insônia, incômodos gastrointestinais e hepatites, e é valido ressaltar  que alguns medicamentos antirretrovirais podem, inclusive, agravar alguns quadros se não forem prescritos de forma correta.
        O estudo foi realizado com pacientes dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Rússia, Espanha, Reino Unido, Austrália, Coréia, Costa do Marfim e da África do Sul, além do Brasil, e mostrou  que a AIDS deixou de ser vista como uma doença fatal, e passou a ser apontada  como uma doença crônica de longo prazo, na qual um dos principais problemas, hoje, é  em relação aos tratamentos dos efeitos colaterais.
         “Muitos pacientes, subjulgando a importância de estar ciente da gravidade de sua doença e formas de tratamento mais adequado, têm vergonha de esclarecer as dúvidas com o médico, e desconhecem o direito que possuem ao acesso à informação detalhada sobre sua saúde”, completa a farmacêutica Carolina Marlien, tutora do Portal Educação.


 





2 comentários:

Imaginação disse...

Pecebe-se uma abordagem sucinta e com enfoque extremamente esclarecedor. Sobretudo em função da importância e abrangência temática tal idéia se concretiza, uma vez que a objetividade presente é capaz de despertar a atenção e compreensão necessárias à efetivação da comunicação.

Comunicação & Saúde disse...

Obrigada pelo comentário!Que bom que gostou da postagem, continue acompanhando!

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